carapicuiba

Por Mônica Krausz 

O Quintal da Aldeia, um projeto lindo e já aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat) – em nível  Estadual – e pela Secretaria de Cultura e Turismo da cidade de Carapicuíba está prestes a se tornar realidade na Aldeia de Carapicuíba. 

De acordo com a arquiteta Ruth Portugal, sócia da GP Desenvolvimento Urbano, que está participando voluntariamente do projeto, a ideia é restaurar os prédios históricos tombados e criar um parque com trilhas, playground, teatro de arena, espaço gastronômico, museu de arqueologia no antigo prédio da FAAC, entre outras áreas de convívio. Segundo Ruth, o projeto inicial partiu do sonho do conceituadíssimo arquiteto e professor Sylvio Sawaya, de ver aquele espaço histórico revitalizado, além de uma necessidade da Secretaria de Cultura de Carapicuíba de restaurar e dar acessibilidade à Igreja da Aldeia.  

“Quando começamos a estudar a questão da acessibilidade da Igreja, estudamos também toda a Aldeia e seu entorno, já pensando em criar ali um parque para a população”, conta Ruth. 

Para a arquiteta, a nossa região é carente de espaços de lazer e cultura e a Aldeia que é tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional e também do Estado está a apenas 1.2 km do Centro da Granja Viana.  “Ela reúne todas as condições de se tornar um polo cultural na região”, afirma. 

Na Aldeia de Carapicuíba são realizadas, por exemplo, festas tradicionais como a festa de Santa Cruz e a encenação da Paixão de Cristo. Além disso, “um parque ali seria uma reserva freando o adensamento imobiliário na região”, comenta. 

Além de grupos de mulheres rendeiras, que fazem um lindo artesanato com rendas, tem os Amigos da Viola, grupo tradicional de violeiros da região e a OCA – Escola Cultural, uma organização não governamental da região que desenvolve atividades com as crianças da Aldeia de Carapicuíba através de um repertório gestual, plástico, musical e literário da cultura brasileira, com objetivo de garantir aos pequenos e aos adolescentes da comunidade o direito ao desenvolvimento integral através da arte e da cultura brasileira como práticas que legitimem a consciência de si, do outro e da comunidade, valorizando a riqueza cultural desse lugar, habitado predominantemente por migrantes. Todos esses grupos serão abraçados e preservados pela renda obtida com espaços como o Café com Rendas, um café com comercialização de artesanato regional, entre outros produtos.

Além dos arquitetos, Ruth Portugal, Lucia Mayumi Hashizume, Selma Nunes e Sylvio Sawaya, que são moradores da região e voluntários neste trabalho, o projeto tem  também a participação da arquiteta Raquel Neri, do Iphan, da arquiteta e da equipe da Secretaria de Cultura e Turismo de Carapicuíba. Atualmente o projeto está em fase de licitações e levantamento de custos para estas obras e captação de verbas para a sua realização. O projeto deve receber verbas federais, estaduais – por ser patrimônio histórico tombado – e também privadas, em um formato de Parceria Público Privada. A previsão é que seja entregue em 2022. 

Além de responsável pelo estudo e projeto de mobilidade urbana apresentado à população em evento no Würth pelo Grupo GP e pela Prefeitura de Cotia em 2018 – projeto que já foi aprovado pelo DER e depende agora de verbas estaduais para a sua realização -, Ruth também atuou voluntariamente em todo o projeto de mobilidade no bolsão da Fazendinha, reestruturação das portarias e da forma de controle de acesso, revitalização do entorno do loteamento com colocação de pontos de ônibus cobertos com bancos para espera, além da criação de espaços comunitários do loteamento como Espaço Vertentes, uma área de lazer com cerca de 6 mil m², onde foram plantadas 900 árvores e que conta com playground, espaço com redes, deck para aulas de meditação e yoga, orquidário e até uma cachoeira! Outros projetos seus são a Praça dos Portugueses e a Praça Zafira. 

 “Para melhorar o nosso espaço, depende da gente, não podemos ficar esperando só as iniciativas do poder público”, diz Ruth. ”Em vez de jogar pedras na administração pública, dar as mãos a ela e assim melhorar o local onde vivemos”, diz. 

Em sua empresa, a GP Desenvolvimento Urbano, Ruth e seu irmão Caio Portugal trabalham exatamente com esse conceito empreendedor de planejamento e ação de desenvolvimento urbano. “Não há um empreendimento nosso em que, em sua implantação, não fizemos melhorias no espaço urbano em um raio de 500 metros de todo o empreendimento. Nós melhoramos desde a mobilidade urbana, infraestrutura, como por exemplo uma adutora de água que fizemos que vai melhorar o abastecimento para 25 mil pessoas da região de um empreendimento nosso”, conta.  “A GP realiza um conceito novo de urbanismo”, finaliza. 

Confira aqui alguns projetos e realizações executadas por essa arquiteta granjeira, sempre  determinada a melhorar a região onde vive e atua profissionalmente.

Fotos: Aquivo pessoal Ruth Portugal

 

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Projeto de Parceria Público Privada vai revitalizar a Aldeia de Carapicuíba restaurando os prédios históricos e criando um parque em seu entorno