
Combate à violência, igualdade de direitos, seja na política ou nas relações profissionais, feminismo ou ainda a beleza e a doçura de ser mulher e ter o poder da criação, são temas importantes o ano inteiro. Mas o dia Internacional da Mulher é a oportunidade de acentuar as discussões e ampliar o debate relacionado à cidadania feminina.
E começamos a semana destacando o que pensam algumas mulheres da cidade a quem pedimos que respondessem três perguntas, a serem publicadas ao longo da semana. A primeira pergunta foi:
– O dia internacional da mulher não é exatamente uma data de comemoração, mas de lutas e reflexões. Ao olhar para trás, quem é você nessa trajetória de lutas das mulheres?
“Sou um braço erguido e aguerrido, pedindo passagem, abrindo espaço e oferecendo minha voz, meu coração, minha alma pra diminuir as dores que uma mulher pode viver. Vivenciei muitos percalços como muitas de nós.
O preconceito, por exemplo, de gênero, de opção sexual e até religioso, me foi proferido em recente episódio, mas diante de tudo isso me levantei e graças à minha esperança, à mobilização e à força divina, hoje me encontro representando uma cidade como vice-prefeita.
Os estudos e o trabalho foram molas propulsoras na minha caminhada. Me formei professora depois dos 40 anos de idade, lutei por direitos e por igualdade na sociedade, por isso posteriormente optei pela política. Para, em uma esfera maior, levar o anseio de todas nós, para buscar essa equidade nos direitos das mulheres e da população mais vulnerável. Buscarei sempre falar pela mulher, pelos idosos, pelos negros, crianças, gays e por todos os excluídos.
Atualmente, inclusive, temos na cidade a Secretaria dos Direitos Humanos, Cidadania e Mulher capacitada para acolher e desenvolver políticas públicas voltadas para essa população.”
(Angela Maluf, Vice-Prefeita de Cotia)
“O movimento feminista tem uma trajetória de grandes conquistas importantes para nós mulheres. O caminho ainda é longo, algumas bandeiras em particular merecem muita atenção, como a violência contra a mulher. No ano passado, foi um feminicídio a cada nove horas entre março e agosto e precisamos dar cada vez mais visibilidade para acabar com isso.
Sou feminista com muito orgulho. No ano passado, criei um grupo que reúne meninas e adultas de 16 a 40 anos, que vivem na Amazônia, no Nordeste, no Sul, no Pantanal e no litoral do país, para lançarmos juntas, o podcast SobreViver, dedicado a ajudar, informar, dar voz e visibilidade a projetos sociais transformadores, que inspiram e transformam a vida das pessoas, através de histórias e ações reais que servem como gatilhos motivacionais.
Apesar de pequeno, foi uma das formas que encontrei para estender as mãos a outras mulheres.”
(Caroline Alves – Gerente de Marketing do Shopping Granja Viana)
“A busca pela diminuição na assimetria em relação aos homens ganhou impulso quando liderei o movimento que implantamos em Cotia, para que, pela primeira vez, a OAB tivesse uma advogada como presidente. Protagonizar esse momento histórico na nossa cidade me enche de orgulho e muito me honra.”
(Mariana Arteiro, Advogada e Presidente da OAB Cotia)
“Sou alguém que tentou ser fiel às promessas de adolescência e procurou interferir positivamente no mundo a meu redor; uma pessoa que, na vida adulta, canalizou suas energias para um projeto educacional diferente e desafiador.”
(Terezinha Fogaça, Diretora da Escola Ágora)
“O 8 de março deve ser visto como momento de reflexão resgatando toda mobilização dos tempos primórdios para a conquista de direitos e permanecer para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais , sofridas pelas mulheres.
Importante enfatizar a história no sentido de culturalizar e transmitir conhecimento para reforçar e impedir que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países, principalmente com diversidades e desaparelhamento sócio econômicos como o Brasil.
(Ruth Portugal, Arquiteta urbanista/ Empresária do ramo desenvolvimento urbano /Sócia proprietária da GP desenvolvimento urbano/
Conselheira da AELO / Diretora do SECOVI-SP)
“Eu fui criada por um pai que vivenciou na sua juventude uma sociedade mais adiantada que a nossa no que se refere ao lugar da mulher. Isso amenizou um pouco a minha experiência e me fez mais indignada que a média das minhas amigas.
Nunca participei de coletivos ou organizações. Na minha juventude a luta era mais contida… Sou aquela que procura no trabalho, em casa, na criação dos filhos e em todos os lugares que frequento trazer uma voz de consciência. É uma luta diária, sinto que minha filha e minhas sobrinhas têm tido mais resultado que eu tive e me junto a elas sempre que me apresentam uma discussão ou proposta de ação. Tenho muito orgulho delas e do tanto que estamos avançando hoje em dia!
(Chris Barbosa, da EDA – Escola de Dança, Teatro e Música)
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